SONETO : QUE LOUCURA.
QUE LOUCURA. Hernandes Pereira.
Que loucura! Meu Deus. Que louco, eu .....!
Será sorte, destino, ou castigo?
Pra mulher que o sim no altar me deu
Não sou mais que um simples inimigo.
Para sobre viver do afeto seu
Tenho que rastrear igual mendigo
Mis que eu nenhum homem já viveu
Tão humilhado pra ter alguém consigo
Feito louca uma discussão começa
E avisa no ódio que expressa
Que não pede perdão e nem perdoa
E se pragas demais abrissem chagas
Eu estaria enfermo pelas pragas
Que ela roga contra a minha pessoa.
TERÁ SIDO. Hernandes Pereira.
Terá sido a minha cor morena
Que a cegou pra faze-la vir a mim?
Ou será que atrai e si envenena?
Sua pele com alvura do marfim
Será que ela só me aceitou por pena?
Ou será que eu sou mesmo tão ruim!
Por amor não se odeia e nem condena!
Eu preciso de amor, mas não assim...
Meus instintos em nada mais me alegram
Já meus órgãos por si se desintegram
Talvez breve meu coração sossegue
Feche os olhos e a minha boca lacre
Vitimado do ódio e do massacre
Do perverso amor que me persegue.
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